Escalação dos últimos dois jogos só não será repetida se Artur Jorge optar por começar com Tiquinho Soares no ataque


Marlon Freitas deu assistência em Botafogo e Palmeiras, pela Libertadores — Foto: Vitor Silva/Botafogo

 Na última semana, Artur Jorge repetiu a escalação do Botafogo em jogos seguidos, algo que não fazia desde maio, e conseguiu duas grandes vitórias no Nilton Santos, diante do Palmeiras, na Libertadores, e a goleada sobre o Flamengo, pelo Brasileiro.

Mais do que mostrar que o treinador tem se aproximado de um time titular considerado ideal, essa regularidade comprova que o processo de melhoria e renovação do elenco, tendo apenas Marlon Freitas como remanescente dos que tinham este status em 2023, permitiu um grande salto de competitividade. Hoje, no Allianz Parque, às 21h30, a vaga nas quartas de final do torneio continental seria mais um sinal de força.

O alvinegro tem 90 minutos para manter a vantagem de 2 a 1 construída no Rio de Janeiro. Um empate já basta para eliminar o alviverde. O atual grupo tem passado confiança suficiente para esta missão, especialmente pelos tantos nomes que chegaram nesta temporada.

Marlon Freitas só não será o único remanescente do time considerado ideal de 2023, caso Artur opte por começar com Tiquinho. As boas atuações de Igor Jesus, porém, podem render sua manutenção na equipe.

Na defesa, Bastos e Mateo Ponte chegaram em agosto do ano passado, mas não haviam emplacado sequência. John, Alexander Barboza e Cuiabano foram contratados nesta temporada, assim como Gregore, companheiro recorrente de Marlon no meio. O ataque todo é diferente — Luiz Henrique, Almada, Savarino e Igor Jesus — , assim como o próprio Artur Jorge.

Desde maio, nas partidas contra Bahia (Brasileiro) e LDU (Libertadores), o português não repetia escalação. Apesar de não ser tão adepto da prática, variando muito as estratégias de jogo para jogo, ele também se viu diante de uma sequência decisiva. Sem nomes importantes, como Júnior Santos e Eduardo, machucados, e contando com outros que precisam de adaptação, é a hora de seguir com o que vem dando certo.

No ano passado, um elenco mais enxuto também tinha uma forma muito sólida enquanto as coisas se encaixavam. Contudo, a partir da derrota para o Palmeiras por 4 a 3, em novembro, a instabilidade e os questionamentos se instalaram por longo tempo. Alguns pilares permaneceram, mas muitos jogadores saíram na barca que era urgente para o estado anímico do time.

Com potência ainda maior, este novo Botafogo foi fundamental para vencer as últimas duas partidas contra o alviverde e exorcizar um fantasma no Nilton Santos. Agora, no último confronto possível nesta temporada, resta se classificar.

E não é impossível tirar o Palmeiras em São Paulo. Apesar do alviverde não cair antes de semifinal de Libertadores desde 2019, não vence em casa no mata-mata desde as oitavas de 2022, contra o Cerro Porteño. São cinco empates e duas eliminações.

Após treinar no Rio na segunda e na terça, o Botafogo desembarcou ontem em São Paulo, mas sem Marçal, que apresentou dores musculares.


Fonte: O GLOBO