O Rio Grande do Sul enfrenta uma das piores tragédias naturais de sua história, com o número de mortos subindo para 57 e deixando um rastro de destruição e desespero em diversas cidades do estado. As enchentes provocadas pelos temporais já afetaram diretamente 422.307 mil pessoas e deixaram outras 67 desaparecidas, além de 74 feridas.
Segundo informações divulgadas pela Defesa Civil, a situação é crítica em 300 dos 496 municípios gaúchos, com 42.221 pessoas fora de suas casas. Desse total, 9.581 encontram-se em abrigos, enquanto 32.640 estão desalojadas, buscando refúgio na casa de familiares ou amigos.
O governador Eduardo Leite (PSDB) expressou sua consternação diante da tragédia e alertou que os números podem aumentar nos próximos dias, à medida que as equipes de resgate conseguirem acessar áreas isoladas e identificar outras vítimas.
As consequências dos temporais também se refletem na infraestrutura viária do estado, com a Polícia Rodoviária Federal relatando bloqueios em 188 trechos de rodovias, sendo cinco deles totalmente interditados.
O restante enfrenta bloqueios parciais, o que dificulta ainda mais o acesso às áreas afetadas.
Além dos estragos causados nas estradas, a falta de energia elétrica agrava a situação, com 296 mil clientes da Rio Grande Energia (RGE) e 54 mil da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) sem luz. As regiões mais afetadas incluem o Vale do Taquari, Metropolitana, Vale do Rio Pardo, Vale dos Sinos, Serra, Planalto e Central.
A capital Porto Alegre não escapou da devastação, com o nível do Guaíba ultrapassando a cota de inundação e inundando ruas e avenidas. A rodoviária da cidade ficou totalmente alagada, resultando no cancelamento de todas as viagens de chegada e saída.
Enquanto isso, o Aeroporto Salgado Filho permanece fechado devido ao elevado volume de chuvas.
POR CM7
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